Quem quer criar um logotipo?

Como se pode constatar, o actual logótipo do MPOP é - sejamos directos e honestos - feio. Suponho que tenha sido feito "à pressa", que nem sequer foi considerado o seu uso a longo prazo, e que, basicamente, é um trabalho temporário. Mas esse não é o motivo deste artigo.

Juntando o útil ao agradável, venho propor a realização de um concurso para a criação de um novo logótipo. Tenho a certeza que existem oureenses com imenso talento para estas coisas, o concurso poderia ser mais um ponto de divulgação destes artistas. E o MPOP ganharia uma melhor imagem. É uma situação onde todos ganham.

Caso a ideia seja do agrado de "toda a gente", poderemos pensar em algo de mais concreto, por agora deixo só a ideia para ser discutida. Penso que o concurso poderia ser realizado totalmente online, usando o website para votação ou algo do género. Em termos de prémios, suponho que não seja possível oferecer muito mais do que publicidade e gratidão (!), podendo haver links para o site/portfólio do artista vencedor.
Tal como mencionei, isto ainda é apenas uma "amostra de ideia", caso seja considerada relevante tenho a certeza que surgirão mais sugestões para a sua realização.

Mais pessoas, mais ideias, acções com maior visibilidade

Boas!

Bem, venho aqui falar directamente para todas as pessoas que passam por aqui a ler o blog, interessadas com a iniciativa, e que são muitas. É a essas pessoas que quero pedir, em nome individual, que tentem participar de forma mais activa, enviando comentários sobre o que anda a ser discutido, lançando novas ideias para debate, ou pura e simplesmente submetendo o seu nome, localidade de residência e idade (apesar de sermos um movimento dinamizado por jovens que pretende desenvolver ideias para os jovens de TODO o concelho, pensamos que todos têm a ganhar se o movimento se abrir a pessoas de todas as idades). Com a submissão de nome, localidade e idade, incluimos a malta na secção "pessoas", o que permitirá engrossar o movimento, e consequentemente dar mais visibilidade ao que virá a seguir. É importante crescer em número!

Nas próximas semanas surgirão algumas boas (parece-me a mim!!!) novidades. As pessoas que já compõem o movimento (e outras!!!) e com as quais temos vindo a falar são da opinião generalizada que se deve sair da blogosfera, para o debate de ideias publico e para algumas acções mais concretas. Há pessoas a trabalhar nisso. Novidades surgirão. Pedimos, cada vez mais, a colaboração de todos, para que essas actividades possam ser bem sucedidas. Actividades de, e para, pessoas de todo o concelho! A quantas mais pessoas chegarmos, maior será a probabilidade de sucesso!

Cumprimentos

Como aproximar mais os jovens de todo o concelho?

Na minha humilde opinião, um dos problemas com que os jovens do concelho se deparam é a sua enorme dimensão. Para os jovens que não têm carta de condução e/ou veículo para se poderem deslocar, viver a 3 ou 15 quilómetros de distância da cidade é praticamente a mesma coisa, e torna a participação em qualquer actividade que possa haver muito complicada. Os transportes públicos existentes muitas vezes não são uma alternativa viável, dado o imenso intervalo que chega a haver entre duas carreiras (o que é perfeitamente compreensível, vêem-se muito autocarros quase vazios, viagens mais frequentes provavelmente dariam prejuízo).

Como toda a gente pode constatar, existe uma certa centralização de "tudo" em Ourém e Fátima, por razões óbvias. Para todos os jovens que vivem fora dessas zonas urbanas, o que fazer? Eu penso que uma abordagem para mais actividades/iniciativas/etc. Dirigidas aos jovens também teriam de ter em conta esse aspecto. Nem toda a gente vive em Ourém ou Fátima, nem toda a gente pode (ou quer!) fazer +15Km para ir ver uma banda, um evento cultural, uma exposição.

Então, o que se pode fazer em relação á isso? "Encolher" o concelho não é propriamente uma opção. Penso que uma hipótese passará por tentar colaborar com as muitas Associações Culturais/Recreativas/etc., que existem em virtualmente todas as freguesias.

Talvez articular eventos a nível do concelho todo?

Usar os transportes próprios dessas associações para complementar a rede de transportes público existentes, pelo menos quando há eventos de maior relevo/dimensão a ocorrer um Ourém/Fátima?

Penso que este tipo de cooperação poderá beneficiar toda a população em geral, não só os "jovens".Obviamente isto são apenas ideias, não conheço a dinâmica dessas associações, nem sei até que ponto elas (as ideias) serão viáveis. E como em tudo, a falta de dinheiro pode simplesmente impossibilitar as coisas.

Deixo, portanto, estas ideias, para serem discutidas, criticadas, melhoradas ou simplesmente descartadas, se for caso disso, pela comunidade!

Mudar, porque não?

Regressei a Ourém à dois anos, após um período de oito anos de ausência em Lisboa, onde estudei e trabalhei.

Fugazes eram os momentos passados em casa, na minha terra, junto da família, amigos e cidadãos oureenses. As viagens de regresso eram marcadas por um misto de saudade e curiosidade. Saudade de uma terra que me viu crescer e curiosidade em saber o que de novo se passara durante a minha ausência…

Invariavelmente, o que me era dado a ver era a cidade de Ourém das minhas memorias… Estranho, volto e vejo jovens que abracei no colo quando adolescente, amigos com bebés de colo, adultos reformados e… Ourém permanecia igual!?

O que (não) aconteceu durante a minha ausência?

Pensei… Um concelho com tão vasta área geográfica, tanto potencial humano, localizado perto do litoral, rodeado de municípios cujo crescimento me tem impressionado… Bem, talvez o projecto social e económico do concelho tenha sido descentralizado e outras freguesias mais distantes estejam a colher os seus benefícios…

Fui averiguar… Freguesias cujos transportes públicos regulares continuam uma miragem, adolescentes rendidos à apatia, a emigração a flagelar famílias, idosos sentados a aguardar que a morte chegue… Todos sem soluções!

Incrédulo, voltei para casa… Ourém parado no tempo… Porquê?

Senti que este concelho, cheio de vida e energia, tinha cedido ao passar do tempo e pouco a pouco desistido da sua terra! Eu não vou desistir, cada um de nós é parte integrante deste concelho e chegou a hora de gritarmos: BASTA!

MUDAR, PORQUE NÃO?

Carlos Maia Lopes

Biblioteca Municipal

Venho lançar nova acha na fogueira (de ideias)!

Basta dizer “Biblioteca Municipal” para que, tenho a certeza, o debate comece. Isto porque, como é sabido, desde o horário de funcionamento à (pouca) variedade de literatura disponível, a passar pela falta de dinâmica e atracção, um dos potenciais espaços de, como muito bem escreveu o Pedro “debate público de ideias e de conhecimento”, está cada vez mais deserto e desacreditado.

Avanço com o que penso ser um início de solução para um dos problemas – o da parca variedade: já alguém ouviu falar no BookCrossing? Pois bem, este conceito nasceu com base num movimento que tem tido grande divulgação e sucesso a nível mundial e que consiste na prática de deixar um livro num espaço público, para ser recolhido e lido por outras pessoas. Pretende-se, assim, promover a literacia e fazer com que os livros não fiquem parados depois de lidos e sirvam a comunidade. São registados, pelo que nunca se lhes perde o rasto, mas seguem o seu próprio rumo.

www.bookcrossing.com

Há locais específicos de troca, devidamente (e gratuitamente) registados. Porque não criar um na nossa Biblioteca? Cada pessoa poderia contribuir, pondo à disposição livros que muitas vezes são abertos pouco mais de uma vez e os oureenses (e não só) teriam mais escolha, de uma forma diferente. Simples, sem problemas financeiros, dinâmico e… a prova de que, por vezes, basta um pouco de criatividade.

Ana Luisa Fernandes

Sugestões culturais e sociais

Depois de ler o manifesto explicando este movimento fiquei empolgado pelo facto de não ser o unico a pensar que o nosso concelho precisa de algo novo. Algo que quebre a monotonia cultural e social que na minha opinião se tem instalado nestes últimos anos e que consequentemente, na minha opinião, é o causador do desinteresse pela nossa terra.

Por isso, e porque penso que o nosso concelho tem potencial para evoluir mais, acho que deviamos começar por pensar numa maneira de criar eventos culturais e socias que unissem mais a população jovem do nosso concelho, e que nos dessem motivos de orgulho para dizer em voz alta o nome do nosso concelho.

Numa segunda fase, tentando em conjunto com os representantes do municipio intervir mais a fundo e criar espaços que realmente sirvam o concelho e tenham alguma utilidade para a população, como por exemplo espaços de lazer, que possa concentrar a população no âmbito cultural. Estes espaços a meu ver são um dos pontos principais para podermos dinamizar o concelho, pois estariam direccionados para a população, no intuito de incentivar os cidadãos a trocar o passeio do domingo á praia, por uma ida ao centro da sua cidade. Por exemplo acho que seria interessante criar um festival de rua, virado para todo o tipo de artes com animação nocturna, etc... é coisa que se ouve pouco falar no nosso concelho é a arte.

Ficam aqui algumas das minhas ideias ainda um pouco superficíais, mas com vontade de evoluir e claro que só será possivel com a ajuda de todos.

Cinema (curtas-metragens)

Venho dar algumas sugestões relativamente a possiblidade de se organizar um festival de curtas ou algo no ambito do audiovisual.

Devo dizer que acho uma ideia muito interessante e benéfica para Ourém, podendo ser explorada de variadissimas formas.
(...)


Quando me falaram em festival de curtas, sugeriu-me curtas de ficção, o que me parece bem e divertido, tanto para quem o faz como para o espectador.Não obstante, na minha modesta opinião (vale o que vale) acho que não se deveria começar pela ficção, pois considero que é algo mais complexo e menos interessante do ponto de vista de união, que me parece um factor importante. Isto, obviamente, dada a frescura e ainda se me permitem imaturidade de um projecto que está no inicio.

Dito isto, sugeria, por exemplo, um festival de documentário, mais simples na concepção dos trabalhos e mais revelador do ponto de vista Cidade de Ourém/concelho. Documentários no âmbito, quer da cidade, quer do concelho de Ourém, mostrando as pontencialidades do espaço, é uma forma interessante de mostrar para fora e ao mesmo tempo satisfazer as necessidades desse bichinho cinéfilo que todos nós temos um pouco.

Beneficiaria a cidade em todo o concelho, bem como as áreas do turismo, enfim uma forma de divulgação.
Fica a sugestão.
Quero apenas acrescentar e apelar ao bom senso dos participantes caso se realize algo do género.
Apostem em coisas simples, observação, voyerismo, isto é mostrar e nao criticar. Rejeito e condeno propaganda. Olhemos para o futuro da cidade e do concelho como um todo, do que se pode fazer e não do que podia ter sido feito!

Deêm asas à vossa imaginação e boas rodagens.


João Luís Silva

Turismo

O sector do turismo, é dos que mais desenvolvimento tem conhecido ao longo dos últimos anos, em todo o mundo e vai ganhando cada vez mais espaço e afirmação entre as populações e os governos, peso na economia e afirma-se como gerador de desenvolvimento e criação de emprego.

O nosso concelho não tem sido excepção nem alheio a este desenvolvimento do sector. Contudo, estamos longe de poder afirmar que Ourém é um concelho marcadamente turístico, apesar da aparente contradição que esta afirmação possa suscitar, face às potencialidades óbvias que todos sabemos reconhecer no nosso concelho, nesta área.

Na verdade, está tudo por fazer!
(...)

Apesar de todos os esforços, quer do sector público, quer do privado, pouco ou nada se tem conseguido para pôr Ourém definitivamente no mapa e no caminho de desenvolvimento sustentado de um sector que é considerado a nível nacional como muito importante para a nossa economia.

Fátima é sempre apontada como paradigma de turismo religioso e símbolo maior de Ourém (nome sempre esquecido) e de Portugal no mundo. Contudo, todos sabemos os problemas graves de urbanismo que Fátima possui, das suas deficitárias acessibilidades e até problemas na sua hotelaria e no seu comércio, típicos de um turismo massificado e até asfixiante.

O centro histórico de Ourém apresenta um sem número de carências e de problemas, para se tornar um destino turístico que o não é.

O Agroal, mesmo com as mais recentes obras de requalificação, é um recurso turístico completamente subaproveitado e por explorar.

E o que falar da cultura oureense? Apesar dos esforços da autarquia e das muitas associações concelhias que se dedicam a ela, não há promoção, noção de rentabilização da cultura, projectos ambiciosos e claro, a consequente falta de público.

Sente-se a necessidade, gritante, de fazer mais infra-estruturas de apoio ao turismo onde tudo está por fazer e de requalificação onde tudo não está tão bem feito.

Isto implica parcerias muito bem concertadas entre o sector público e o privado. A criação de mais e melhores infra-estruturas deve ser aliás, iniciativa primeira das autarquias. Faltam infra-estruturas de apoio aos transportes e uma rede de transportes bem concertada, faltam infra-estruturas de apoio e informação ao turista e falta muita promoção.

Promoção essa que podia passar pela criação de eventos, a dinamização de espaços patrimoniais e turístico-culturais, por exemplo.

Veja-se o caso de Óbidos, apontado sempre como paradigma destas coisas, mas onde contudo houve projectos acertados. Arrumaram primeiro que tudo a casa. Criaram gabinetes específicos para a promoção e gestão turística e cultural de Óbidos. Puseram a trabalhar pessoas formadas em turismo e com competências nessa área. Investiram na formação dos seus técnicos e numa equipa capaz e competente. Investigaram, investiram, preservaram o seu património, criaram condições para o desenvolvimento do sector e hoje colhem os frutos.

Que temos nós a menos que Óbidos? Nada, parece-nos a todos. Alguns até dirão que a nossa ginjinha é melhor e o nosso castelo e centro-histórico, por exemplo, mais bonito e mais antigo. Apesar do óbvio orgulho de quem fala da sua terra, não estarão certamente muito longe da verdade, no que toca à valorização daquilo que todos julgamos saber que existe.

Depois, também falta investimento privado. Apesar da aparente desculpa relacionada com a crise para o desinvestimento em muitos sectores, é necessário criar espaço para novos investimentos. Apostar em formas de turismo sustentável, fazendo com que haja desenvolvimento, atenuando os impactes negativos do turismo, permitindo uma rentabilização sustentada e permanente do sector.

É preciso pois, que nos unamos e que tenhamos consciência de que mais do que apontar falhas e reconhecer as potencialidades e carências do nosso concelho a nível turístico e cultural, é preciso fazer reformas, agir e ir trabalhando em parceria com todas as entidades responsáveis, a fim de criarmos desenvolvimento, riqueza e emprego para Ourém, nas áreas do turismo e da cultura.


Hélder Farinha

Um problema é um factor gerador de soluções

Boas,

Todos nós sabemos a difícil situação financeira por que passa a Câmara de Ourém. A oportunidade para fazer grandes investimentos a nível de infra-estruturas, penso, já passou. E se a capacidade para tal já não existe, deve ser assumido o discurso de que nos próximos anos não se poderá apostar fortemente em infra-estruturas.

Embora tenhamos chegado a esta situação sem, por exemplo, um parque desportivo de qualidade, sem parques empresariais suficientes e estruturados que permitam dinamizar o concelho, não podemos cair no desânimo e assumir uma postura fatalista

Ainda há muito que pode ser feito bastando para isso apelar ao que melhor o concelho tem. Para as pessoas dinâmicas, um problema é um factor gerador de soluções.
(...)

Temos que ser criativos e acima de tudo passar a ser muito mais criteriosos e exigentes quanto ao dinheiro público que se gasta.

Se existe potencial e recursos há que os rentabilizar.
a) as poucas possibilidades de investimentos que há têm de ser realmente estruturantes e criadores de novas sinergias;
b) Fátima não é um problema, como muitas vezes se quer fazer parecer. Fátima é uma potencialidade imensa, e cabe aos órgãos políticos ter a visão, a estratégia e a capacidade para ultrapassar bairrismos, de modo a que aquela potencialidade seja devidamente aproveitada;
c) temos um conjunto enorme de gente empreendedora que praticamente sem ajudas, e muitas vezes com obstáculos, tem criado empresas e emprego e gerado riqueza. Há que ajudar os que já cá estão, e atrair os que podiam estar;
d) os pólos urbanos do concelho precisam de uma nova imagem (estradas, jardins, ordenamento do território);
e) e a maior potencialidade de todas são todos aqueles jovens altamente qualificados que não conseguem vislumbrar uma oportunidade para regressar e contribuir com o seu conhecimento, a sua energia e força da juventude de modo a participar na gestão da nossa terra.

Nós, todos, somos a maior riqueza que o concelho pode ter.

Mas para tal é preciso que possamos ter uma voz activa, de modo a que possamos realmente ter a noção de que podemos participar nos destinos do concelho



João Ricardo

Espaço de debate público de ideias

Como elemento integrante do nosso concelho, e como jovem, é com grande tristeza que tenho visto o constante declínio da nossa terra. Penso que teremos que ser nós jovens, a tentar mudar algo.

Para tal considero se suma importância a criação de espaço de debate público de ideias e de conhecimento, que poderá trazer mais pessoas com novas ideias e novos pontos de vista, sem uma mais valia para qualquer movimento e para qualquer comunidade/sociedade..

Penso que actividades do tipo tertúlia cultural poderiam cumprir este objectivo. Feriamos que encontrar o local, o que penso que não seria de todo muito complicado. Mas para tal teremos que encontrar pessoas motivadas e tentar encontrar os contactos necessários.

Pedro Rodrigues

Quero ver o meu concelho a desenvolver-se.

Olá, sou Ana Luísa Oliveira, 21 anos de Pinhel.

É com prazer que me junto a este grupo.

Quero ver o meu concelho a desenvolver-se.

E como acredito que é nos Jovens que o futuro se encontra, gostaria que o meu Concelho não tivesse cortado as bolsas ao ensino superior e que pudesse desenvolver mais actividades culturais que reunissem diferentes gerações.

Espero que possamos fazer mais por uma terra que quando visitada por estranhos a denominam de Terra Fantasma.

Ana Luísa Oliveira

Quanto a ideias...

Quanto a ideias... já tinha comentado com o Fábio! Escolher uma noite por mês (sábado ou domingo, por exemplo) e transformar a zona do mercado de Ourém numa zona de comes e bebes e de convívio social durante toda uma tarde!
(...)

Relotes a vender cerveja, cachorros etc e muitos bancos e mesas espalhados por aí fora onde a malta se senta e convive!

Isto foi uma ideia que trouxe da Alemanha (Böblingen, 50 mil habitantes) e resultou! (em todas as faixas etárias...)

Motivação: Eu confesso que às vezes custa-me ter que esperar até à noite para saber que posso juntar-me e conversar com o pessoal... Mesmo para aqueles que acordam às 3 da tarde, que tal de ir tomar o pequeno almoço lá em baixo com umas jolas e ir lá conviver com o pessoal uma beca?

Oportunidade de negócio (para os mais cépticos): malta dos bares pode investir na sua relote com a sua cerveja e bebidas; malta das bifanas pode ir fazer negócio pa lá; malta dos restaurantes mais ousada pode promover gastronomia diferente e do seu sítio neste evento!

Isto é uma cena que não precisa de ser em grande... Pode até começar apenas com um espaço pequenino e uma relote com cervejas e bifanas e ir crescendo com o tempo!

Pensem nisso...


Pedro Guerreiro

Estou aqui amigos, para o que precisarem.

Caros Amigos:

Em primeiro lugar quero vos felicitar pela brilhante ideia de dinamizarem um movimento por Ourém. Espero e anseio que a vossa coragem, força e determinação seja tal, que possamos ultrapassar as fronteiras da blogosfera.

Em segundo lugar dizer que Sim.

Sim, também acredito em Ourém, no potencial existente e, acima de tudo, nas qualificações e capacidades inerentes.
(...)

O nosso concelho é um playmaker regional importante, com um papel preponderante a nível regional (Médio Tejo), grande importância política a nível Distrital, (segundo maior concelho após Santarém).

Não é à toa que temos um Governador Civil, e Deputados da terra eleitos com recorrência.

Resumindo, o potencial existe, temos as ferramentas na mão (a representação política), mas os resultados nunca chegaram. Perdemos hospitais para stakeholders menos capazes, mas mais audazes, investimentos variados em infra‐estruturas diversas.

E porquê? Porque motivo está Ourém parado?

Por dois motivos essenciais: falta de qualidade dos políticos Oureenses em lugares de decisão e dificuldade de imposição da Sociedade Civil.

O nosso concelho encontra‐se num estado amorfo, parado, a viver do casuísmo, da política feita à moda da circunstância, sem visão, sem estratégia, e acima de tudo sem uma solidariedade intergeracional de base. Urge mudar, urge levantar a cabeça, lutar contra a apatia instalada.

E porque é difícil a Sociedade Civil se impor em Ourém?

Por natureza não reagimos a nada, a menos que seja algo que interfira muito directamente na nossa vida, mas não só. Existe todo um “raízedo” que castra a sociedade civil, alimentado pelo facto de as autarquias serem também os maiores empregadores, os maiores contratadores de serviços, quem financia as juntas de freguesia, as colectividades, etc.

E em burgos pequenos, onde tudo se sabe, onde o compadrio é o quotidiano, pior.

As juventudes partidárias, que deviam ser como se intitulam “consciências críticas dos partidos”, vivem ainda mais castradas. O debate político é zero, não se movimentam, não se mexem a menos que haja disputas internas para ocupar os lugares, numa lógica de subserviência que incomoda qualquer democrata mais convicto.
É nesse contexto que eu vos congratulo pela iniciativa. E digo mais, afirmo‐me presente.

Sou mais um, interessado em lutar a vosso lado, sem interesses que não sejam o bem comum, a transparência na política, a sobriedade de governar com amor à causa pública.

Estou aqui amigos, para o que precisarem.


Com estima, José Lopes

O que é, para mim, o m.pop

Nos últimos anos, muito se tem falado sobre o “divórcio da sociedade com a política”. Isso é certo! Personalidades ilustres cuja opinião é sempre muito importante, como os Presidentes Jorge Sampaio e Cavaco Silva, chamaram a atenção da sociedade em geral para este problema. Ora, isto constitui um problema. Um problema grave, aliás. O problema é, ainda mais grave, quando os jovens de hoje, que são a sociedade de amanhã, também não querem saber destas questões.

Não falo de política no sentido “clássico” do termo, muito menos de politiquices dessas de dois e quinhentos ou de guerrilhas de quintal. Não me interessa, nem pretendo mesmo, com a minha adesão a este movimento, despertar esse tipo de discussão, do género “o meu quintal é melhor que o teu…”. É em parte devido a estas disputas clubisticas e sem interesse que nós estamos cada vez mais afastados do que interessa, que é a discussão de ideias “evoluídas” que sejam boas ideias, independentemente de cores, amizades, compadrios ou do clássico “jeitinho”.
(...)

Falo, portanto, do debate de novas ideias que sabemos que são aplicadas noutros locais de Portugal e do Mundo com sucesso. Porque não sonhar com a possibilidade de ter essas ideias aplicadas no nosso concelho? Porque não, assumir o risco, de podermos fazer algo de palpável e interessante? Porque não?
Dinamizar, participar, discutir, actuar, falar. Nas mesas dos cafés, na rua, nos intervalos das aulas, na hora de almoço lá no trabalho, na saída do cinema.

A minha preocupação ao aceitar este desafio centra-se em dar voz a novas ideias, a novas dinâmicas. Em épocas em que se discute o célebre “o que ganhas tu com isso?” eu posso dizer que, do ponto de vista financeiro, que a tanta gente interessa, não ganho rigorosamente nada. Aliás talvez ainda perca! Para ser sincero ganho realização pessoal, ganho falar com pessoas, conhecê-las. Ganho o facto de poder discutir com malta jovem do concelho, ideias, projectos e ouvir o que vai aí na cabeça de tanta gente e poder discutir o que vai na minha. Não, não sou pessoa de grandes exposições públicas, quem me conhece sabe disso! E muito menos procuro protagonismo pessoal, nunca! Se, eventualmente, esse vier a acontecer é porque acho que seja necessário como forma de mobilização das mentes mais adormecidas. Apenas isso!

O debate de ideias que eu, pessoalmente, pretendo com este movimento, não é, NEM PODE SER do estilo: eu falo e vocês dão a vossa opinião sobre o que eu falei. NÃO! Imaginem isto como algo em que cada pessoa se sente à vontade para dar a sua própria ideia de dinamização de qualquer coisa, como:
- Desde aquele espaço em que se rodam filmes. Até um festival de curtas, promovido pelos jovens do concelho.
- Desde aquela hora extra de funcionamento da biblioteca, que sentes que dava jeito. Até àquele livro que nunca encontras-te por lá. Porque não a abertura de um espaço onde se possam encontrar livros independentes? (livros interessantes concedidos a preço “especial” a associações culturais).
- Desde a disponibilização de espaços públicos abertos para que os bares do concelho possam proporcionar noites diferentes. Resultaria bem em noites quentes de Verão? Penso que sim…

É claro que é legitimo perguntar: Então e como pretendes fazer isso tudo senão tens conhecimento para tal? Opá, pois não, admito que não tenha, mas uma cena que tenho aprendido (nem sei bem onde) é que ao falarmos com pessoas dinâmicas é que as coisas se tornam possíveis. Não conhecemos ninguém com conhecimentos na área do audiovisual que seja capaz de promover e levar adiante um festival de curtas? Os jovens do concelho não conhecem o suficiente para fazer algo com interesse? Pois, provavelmente, falta fazer muito… Mas eu falando em meu nome e de algumas pessoas com quem tenho trocado ideias, acho, sinceramente, que, com relativa facilidade, se traria alguém com conhecimento suficiente (e a preços acessíveis) para nos transmitir algo interessante, (e principalmente aos que estivessem interessados), por exemplo num workshop. Seja sobre curtas-metragens, seja sobre organização de eventos, ou qualquer outra área.


Não tenho qualquer compromisso com ninguém. NADA! Estou a escrever este texto numa mesa de laboratório na Universidade do Minho (horário pós-laboral), onde trabalho em investigação em Engenharia. Estou fora de qualquer força de interesse político.

Faço isto porque acredito no potencial da ideia. Acho que a juventude de Ourém pode ser dinamizada e se podem criar novas dinâmicas. Principalmente ao nível das novas gerações (sub 18) acho que se pode diversificar o seu espectro cultural, musical, social… senão olhemos só à nossa volta. Alcobaça, tem actualmente dos movimentos musicais mais fortes de Portugal, de onde saíram nomes como os “The Gift” ou os “Loto”. Por Torres Novas passam actualmente alguns dos melhores nomes da música nacional, e de onde também têm saído projectos muito interessantes como os “Lovemakers Dj Set” na área da música electrónica (que eu conheço talvez melhor). De Tomar, acham que precisa de exemplos? De Leiria já nem falo. E o mais incrível é que muitos de nós conhecem estes concelhos… E eles? Que conhecem eles de nós? Não temos conseguido atrair pessoas de fora para nos visitarem!

Agora o que manda na direcção que este projecto toma, SOMOS NÓS! Se queremos transformar isto num antro de politiquices e cores eu estou completamente fora! Desde já o admito! Se queremos fazer do movimento algo que esteja na origem de novas ideias e de dinamização social e cultural estou completamente dentro!

Se me perguntarem se será fácil? Eu digo que não, não será nada fácil! Mas sinceramente penso que podemos transformar Ourém num concelho com mais cultura e com uma identificação social mais forte! Porque é o nosso concelho e nos sentimos sempre melhor em estar numa casa com a qual nos identificamos. Para isso contamos com todas as ideias, de todos os jovens. Sociais, culturais e outras, eventualmente. Acho que não podemos ter medo de expor as nossas ideias aos outros. Uma ideia daqui com um aperfeiçoamento de outro lado pode dar algo interessante. E fala-vos alguém que está longe de estar entre elites culturais e sociais, mas alguém que acha que se pode fazer e ter melhor em Ourém.

Fábio Rodrigues

Manifesto

É com alguma surpresa que vemos vários sectores da sociedade preocupados com a falta de interesse dos jovens nas questões públicas e com constantes apelos à participação activa dos jovens (vide discurso do Sr. Presidente da República das comemorações do 25 de Abril).

Este movimento não tem o objectivo de responder a esse apelo. Pretendemos, sim, provar que os jovens, dando-lhes espaço e oportunidade, se conseguem organizar e desse modo ter uma voz activa e importante na sociedade.

Não estamos envolvidos em lutas partidárias internas: concentramo-nos nas ideias!

Não nos julgamos um grupo pseudo-elitista: nós damos a cara e lutamos pelas nossas propostas!

Este não é um grupo fechado. Queremos a participação de todos. Não que adiram às nossas propostas e ideias, mas que colaborem connosco, de futuro, através de uma discussão colectiva em torno do que se tem que fazer no concelho, em termos de medidas e decisões que respeitem aos jovens.

Todos sabemos da grande dimensão do concelho, que por vezes tem levado a conflitos de territorialidade dentro dele. Nós não olhamos ao território. Olhamos à potencialidade do concelho como um todo, unidos no gostar da nossa terra, porque é preciso e possível fazer mais: mais condições para os jovens, mais preocupação com as necessidades dos jovens, melhor aproveitamento das capacidades que a juventude do concelho tem demonstrado.

Em suma, não nos conformamos! Não te deixes também tu conformar.

Porque unidos conseguimos mais, vamos Pôr Ourém a Participar!

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