Biblioteca Municipal

Venho lançar nova acha na fogueira (de ideias)!

Basta dizer “Biblioteca Municipal” para que, tenho a certeza, o debate comece. Isto porque, como é sabido, desde o horário de funcionamento à (pouca) variedade de literatura disponível, a passar pela falta de dinâmica e atracção, um dos potenciais espaços de, como muito bem escreveu o Pedro “debate público de ideias e de conhecimento”, está cada vez mais deserto e desacreditado.

Avanço com o que penso ser um início de solução para um dos problemas – o da parca variedade: já alguém ouviu falar no BookCrossing? Pois bem, este conceito nasceu com base num movimento que tem tido grande divulgação e sucesso a nível mundial e que consiste na prática de deixar um livro num espaço público, para ser recolhido e lido por outras pessoas. Pretende-se, assim, promover a literacia e fazer com que os livros não fiquem parados depois de lidos e sirvam a comunidade. São registados, pelo que nunca se lhes perde o rasto, mas seguem o seu próprio rumo.

www.bookcrossing.com

Há locais específicos de troca, devidamente (e gratuitamente) registados. Porque não criar um na nossa Biblioteca? Cada pessoa poderia contribuir, pondo à disposição livros que muitas vezes são abertos pouco mais de uma vez e os oureenses (e não só) teriam mais escolha, de uma forma diferente. Simples, sem problemas financeiros, dinâmico e… a prova de que, por vezes, basta um pouco de criatividade.

Ana Luisa Fernandes

1 Comentário:

Hugo Pereira disse...

O bookcrossing parece-me interessante, embora, honestamente, precise de me informar melhor sobre o projecto para poder opinar fundamentadamente. Quanto ao horário da biblioteca deixo aqui a ideia que já tinha discutido contigo, Ana, porque não dar a biblioteca a quem dela precisa!? (literalmente!!) Explicando, as bibliotecas das universidades mantêm-se em funcionamento em horários noturnos (entenda-se pós-19h) e aos fins-de-semana graças a alunos que nelas trabalham nesses períodos de tempo. A nossa Biblioteca Municipal durante o Verão já teve esse sistema de contractar jovens para ajudar, sem contundo alargar o horário. Por que não transpor esta realidade universitária para lá? É exequível e o pouco dinheiro que se gastaria a pagar aos jovens seria largamente compensado pelo benefício que traria a toda a população do concelho, principalmente estudantil! Candidatos para o cargo duvido que faltem! Sempre dá para ganhar algum e como o trabalho seria ajudar a encontrar livros e registar entradas e saídas dos mesmos sobraria tempo para adiantar o estudo num local deveras indicado para o fazer!