Cinema (curtas-metragens)

Venho dar algumas sugestões relativamente a possiblidade de se organizar um festival de curtas ou algo no ambito do audiovisual.

Devo dizer que acho uma ideia muito interessante e benéfica para Ourém, podendo ser explorada de variadissimas formas.
(...)


Quando me falaram em festival de curtas, sugeriu-me curtas de ficção, o que me parece bem e divertido, tanto para quem o faz como para o espectador.Não obstante, na minha modesta opinião (vale o que vale) acho que não se deveria começar pela ficção, pois considero que é algo mais complexo e menos interessante do ponto de vista de união, que me parece um factor importante. Isto, obviamente, dada a frescura e ainda se me permitem imaturidade de um projecto que está no inicio.

Dito isto, sugeria, por exemplo, um festival de documentário, mais simples na concepção dos trabalhos e mais revelador do ponto de vista Cidade de Ourém/concelho. Documentários no âmbito, quer da cidade, quer do concelho de Ourém, mostrando as pontencialidades do espaço, é uma forma interessante de mostrar para fora e ao mesmo tempo satisfazer as necessidades desse bichinho cinéfilo que todos nós temos um pouco.

Beneficiaria a cidade em todo o concelho, bem como as áreas do turismo, enfim uma forma de divulgação.
Fica a sugestão.
Quero apenas acrescentar e apelar ao bom senso dos participantes caso se realize algo do género.
Apostem em coisas simples, observação, voyerismo, isto é mostrar e nao criticar. Rejeito e condeno propaganda. Olhemos para o futuro da cidade e do concelho como um todo, do que se pode fazer e não do que podia ter sido feito!

Deêm asas à vossa imaginação e boas rodagens.


João Luís Silva

7 comentários:

Telmo S. Silva disse...

Se fosse algo bem organizado, ainda dava direito a aparição no Cartaz das Artes.

Fábio Rodrigues disse...

Bem, esta é daquelas boas! Mas tipo monumentos+história seria a ideia do tema das curtas? Bem feito até podiamos pôr isto em spots promocionais tipo "venha para fora cá dentro" em ecrãs estrategicamente colocados em Fátima. Assim seria mais uma forma de atrair pessoas que passam por lá a descobrirem um pouco mais do resto do concelho. Ou então botávamos no cartaz das artes e ainda publicitávamos o concelho. Quem sabe em operadores turísticos para promoção de determinados monumentos, porque não o Santuário? Ou os Castelos...

Como é óbvio, isto só seria possível para aí na segunda ou terceira edição, pois, a não ser que haja aí alguém já muito "rodado", a primeira seria para aquecer a fita...

Këltickwüllf disse...

Ora aqui está uma excelente ideia! Uma proposta de cariz cultural, que é susceptível de diversas aplicações práticas posteriores à sua realização, caso se verificasse. Uma ideia simples, objectiva e que pode ser perfeitamente executável, haja vontade para tal...
Talvez só falte aqui umas achegas, por exemplo, como levar as pessoas a participar em grande no evento e garantir público? Uma possibilidade, apesar de clássica, é a entrega de um prémio ou de um estímulo.
Por exemplo, poder-se-ia premiar o melhor trabalho, depois de devidamente elegido por um júrie ou pelo público, para o documentário em questão vir a ser exibido ao público, num espaço fora do concelho de Ourém e com algum peso do ponto de vista cultural, a fim de dar ainda maior visibilidade e credibilidade ao evento e ao/s autor/es do documentário.
A ideia, mesmo em bruto, tá muito boa, falta só mesmo, como é óbvio, "limar" umas arestas e esperar que alguém repare devidamente nesta iniciativa, a fim de poder ser realizada.
Esperemos que sim e venham mais destas!

João Ricardo disse...

a coisa tem pernas para andar..

penso que no primeiro ano se podia fazer uma especie de concurso. convidavam-se faculdades, ou até mesmo aberto a toda a gente, uma espécie de 48 horas de cinema, em que as equipas teriam que fazer a curta nesses espaço de tempo.

assim, chegariamos a um publico alvo, em que depois se tornaria mais facil nos anos posteriores realizar um festival de curtas de ficçao ou assim..

se por exemplo o convite fosse feito as faculdades que trabalham com cinema, essas faculdades seleccionariam uma equipa de entre os alunos. nao seria muito caro a camara suportar as despesas com alojamento e o premio, ate porque se poderiam arranjar apoios, patrocinios..

Arnaldo Moura disse...

Esta é uma ideia em que tenho bastante interesse e penso que é capaz de funcionar. Mas acima de tudo convém começar a falar mais concretamente sobre os assuntos, na minha opinião. A ideia de chamar universidades é boa mas eu pensei numa outra alternativa. Gostava de ver os jovens do concelho a trabalhar para isto acontecer e não chamar apenas pessoal de fora. Dito isto, penso que tinha muito valor convidar os alunos das várias escolas secundárias a fazerem as suas curtas. Pediamos para mostrarem a sua terra, criar ou recriar uma história da terra ou algo do género. Assim estaríamos a incentivar o pessoal a usar a sua criatividade e no fundo a puxa-los para o evento que se iria realizar. Não sei até que ponto chamar universidades de fora iria atrair publico que não estivesse relacionado com isso. Claro que para qualquer das opções é preciso investimento e esse é o meu problema com isto. No inicio destas actividades tem de se prestar atenção especial a isso e temos de pensar como arranjar material aos jovens. Alguns podem já ter camera, outros poderiam reservar nas escolas se conseguirmos alguma parceria para fornecer cameras às escolas. Sinceramente acho que isto seria super interessante mas estou consciente dos entraves que possa ter. É preciso pensar quando iria ocorrer esse festival (na minha ideia durante a primavera), onde se iria passar (podia ser no cinema de Ourém, Fátima, ou até espalhar pelas várias terras do concelho, quem sabe...), quem iria estar envolvido: desde os juris (que podiam ser professores das escolas), aos que fazem tudo isto funcionar (nós?), patrocinios, etc. De qualquer forma, venham ideias e opiniões e ver se levamos isto para a frente!

Fábio Rodrigues disse...

Pois, suscitam-se, para já, dois problemas fundamentais com a ideia das curtas. Por um lado, o problema de dinheiro para conseguir algum material de apoio (câmeras, espaços para reuniões,...). Por outro lado a identificação daquilo que deva ser o público-alvo de uma aposta deste género.
Quanto a esta última acho que se queremos tocar um pouco na mentalidade dos jovens do concelho e criar um género de cultura artística alternativa temos que apontar para os ainda mais jovens do que nós. Malta com 14, 15, 16 anos. A mim é o que me parece mais lógico. Não digo isto para exluir os restantes, digo isto porque se fizermos algo demasiado elitizado, penso que perdemos a capacidade de mobilizar essa malta jovem e de realmente criarmos algo que se enraízasse para o futuro no espírito das pessoas do concelho. Isto não só seria conseguido com a tal malta dos 15 anos, mas também com a reprodutibilidade no tempo de iniciativas na mesma área do audiovisual. Por isso mesmo, deixo aqui um apelo para que surjam mais ideias nesta área que possam ser reproduzidas periodicamente, de forma a fidelizar este mesmo público. Para os tais jovens de 15 anos teríamos que criar canais de comunicação com as escolas. Aí reside a aposta, a meu ver, porque a malta dos 20's que gosta de cinema e tem curiosidade em ficar atrás da câmera viria ao primeiro clique.
Quanto à problemática dos "fundos de maneio" para uma aposta deste género, bem, acho que uma solução possível seria, sem dúvida, procurar parcerias público/privadas. Esta é uma fórmula que já é usada noutros lados, em que as câmaras municipais têm que assumir o seu papel de dinamizadoras e de entidade pública priveligiada para apresentar propostas concretas que sirvam para angariar meios de privados para colocar ao nosso dispôr, e com conseguirmos fazer o que realmente nos interessa.

Arnaldo Moura disse...

Exactamente o que o Fábio disse... Só chamo a atenção às idades para não confudirmos o básico e o secundário. Não sei se os mais novos já conseguem fazer alguma coisa de interessante, possivelmente sim, mas penso que o secundário era o ideal para apostar.

De qualquer forma, uma parceria para arranjar cameras para as escolas era um bom ponto de partida. Fornecer material para trabalhar e depois incentivar isso já era um bom objectivo e depois de se criarem essas facilidades era puxar por todos para criar o tal concurso.

Quanto ao festival, dependendo do formato do mesmo, parece-me bem possivel abrir um espaço para aceitar participações de pessoal de fora e mais velho. Só espero que venham mais ideias e alguem com conhecimento em como meter isto a funcionar.