Fugazes eram os momentos passados em casa, na minha terra, junto da família, amigos e cidadãos oureenses. As viagens de regresso eram marcadas por um misto de saudade e curiosidade. Saudade de uma terra que me viu crescer e curiosidade em saber o que de novo se passara durante a minha ausência…
Invariavelmente, o que me era dado a ver era a cidade de Ourém das minhas memorias… Estranho, volto e vejo jovens que abracei no colo quando adolescente, amigos com bebés de colo, adultos reformados e… Ourém permanecia igual!?
O que (não) aconteceu durante a minha ausência?
Pensei… Um concelho com tão vasta área geográfica, tanto potencial humano, localizado perto do litoral, rodeado de municípios cujo crescimento me tem impressionado… Bem, talvez o projecto social e económico do concelho tenha sido descentralizado e outras freguesias mais distantes estejam a colher os seus benefícios…
Fui averiguar… Freguesias cujos transportes públicos regulares continuam uma miragem, adolescentes rendidos à apatia, a emigração a flagelar famílias, idosos sentados a aguardar que a morte chegue… Todos sem soluções!
Incrédulo, voltei para casa… Ourém parado no tempo… Porquê?
Senti que este concelho, cheio de vida e energia, tinha cedido ao passar do tempo e pouco a pouco desistido da sua terra! Eu não vou desistir, cada um de nós é parte integrante deste concelho e chegou a hora de gritarmos: BASTA!
1 Comentário:
Sou oureence e como é logico interesso-me pela envolução economica e social deste concelho, que até agora nada tem crecido.
Não é com orgulho que falo desta situação. Investimentos muito errados e dispendiosos, dentro do orçamento que dispomos, com benefícios em nada comparáveis a tais valores.
Ourém evoluiu (!), mas visualmente, ficou mais bonito, devido as volumosas obras que têm sido feitas, mas no que relmente interessa, aí a evolução tem sido ridiculamente nula. Refiro-me por exemplo à industria, que é o que gera emprego, postos de trabalho, o meio que atinge o fim de atrair jovens até ao nosso concelho.
Vou ficar por aqui porque penso que fui susceptivel o suficiente.
abraço,
Daniel Pereira
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